Monocultura X Soberania Alimentar
A implantação de
monoculturas no Norte de Minas a partir da década de 1970 foi uma política
desenvolvimentista do Estado a fim de promover o crescimento econômico da
região. No entanto, os projetos foram pensados fora do contexto regional e a
população rural que até então se reproduzia neste espaço não foi incluída no
processo. Dessa forma, muitos foram absorvidos pela expansão do capital no
campo e tornaram-se assalariados das grandes empresas monocultoras. O resultado
deste avanço do capitalismo no campo foi a perda de saberes e técnicas de
plantio tradicionais passados de geração em geração, que levou a uma
dependência cada vez maior de produtos comprados na cidade, o que comprometeu a
soberania alimentar e nutricional dessa populção. A aparente segurança alimentar que a
produção de alimentos em grande escala seria capaz de proporcionar não se
mostrou eficiente e a crescente pobreza rural e as migrações para os centros
urbanos demonstraram a necessidade e a importância da viabilização da
agricultura familiar que é capaz de fornecer alimentos saudáveis, e exercer uma
função social com maior geração de empregos e renda em comparação com as
grandes monoculturas. Nesse contexto colocamos a charge abaixo que ilustra bem essa realidade.
Fonte: Lílian Damares
de Almeida Silva (2012)
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